terça-feira, 26 de julho de 2011

Até onde o erro de português é permitido no texto publicitário?


A importância da língua portuguesa nos veículos de comunicação

Diariamente estamos em contato com a fala, na comunicação verbal ou escrita, e a importância de saber usá-la adequadamente é fundamental para o nosso crescimento como indivíduo e como profissional. Saber escrever bem e falar corretamente são fatores que nos destacam no meio de tantos que não buscam aperfeiçoamento da norma culta. A intenção é aprimorar e posteriormente aplicar as técnicas de análise linguística dentro de tais temas.
O assunto de hoje debate a questão de erros ortográficos em materiais publicitários e textos jornalísticos.

Texto Jornalístico

Quando falamos de um jornal, revista ou anúncios publicitários e na importância desses meios de comunicação, não podemos nos esquecer de que eles são produtos de consumo e de que, por trás de cada notícia, está um jornalista com opiniões próprias, a favor de algumas coisas e contra outras. Por mais objetiva que seja a linguagem jornalística, o leitor atento sempre perceberá o posicionamento do autor por meio de alguns detalhes linguísticos: como foi estruturada a notícia, a ordem sintática usada, entre outras ferramentas.

Frequentemente nos deparamos com alguns equívocos nas notícias publicadas, erros que são causados, na maioria das vezes, pela falta de um profissional para revisá-los de maneira correta, além de analisar os possíveis meios de combatê-los.
Conversei com uma jornalista a fim de identificar a razão desses problemas gramaticais, como a concordância verbal e nominal, pontuação, colocação pronominal, entre outros, usados indevidamente ou mesmo a falta deles. A conclusão é que o assunto em questão é muito importante, pois afeta a credibilidade de jornalistas e, consequentemente, dos meios de comunicação. 

Esses erros constantes são preocupantes, pois a linguagem escrita é o principal instrumento de trabalho de um jornalista. Existe uma grande diferença no português correto e claro, na notícia de um jornal, revista ou anúncio, os profissionais e estudantes da área deveriam valorizar mais a língua portuguesa no momento da elaboração dos textos buscando um aperfeiçoamento no tema.

A jornalista Silmara Silva Guimarães, formada em Comunicação – Jornalismo, pela Universidade Católica Dom Bosco, em 2004, já dirigiu um programa da Rede Guanandi e atualmente ocupa o cargo de Editora-chefe em uma revista conceituada da cidade. Silmara relata que para escrever bem é necessário ter um conhecimento cultural e se informar constantemente sobre os mais variados assuntos. O jornalista é um profissional que deve estar preparado para discorrer sobre temas diversificados. 

A prática da escrita também é outro fator benéfico, pois é no exercício diário da profissão que desenvolvemos as aptidões e habilidades textuais. A preocupação com a norma culta também deve ser outra constante, mesmo que no veículo tenha um revisor, ele deve sempre zelar pela qualidade e credibilidade de seus textos.

Na maioria das vezes, os jornalistas e publicitários se preocupam mais com a fonte da notícia do que com a forma que irão escrever e repassá-la, comprometendo o seu entendimento. Isso faz com que o leitor não compreenda o conteúdo, e então uma simples vírgula ou ponto no lugar indevido pode afetar o sentido da frase, fazendo com que a notícia fique comprometida.

A linguagem da publicidade é a norma culta

Quando falamos da estrutura de um texto é preciso conter os elementos de coesão e coerência, colocação pronominal (classifica-se em próclise, mesóclise e ênclise), acentuação e funções da linguagem, a mais adequada, neste caso, seria a função referencial, onda a mensagem é focada na informação. Quando o foco recai sobre o referente, a comunicação visa discorrer sobre assuntos de maneira denotativa. Pelas suas características, é a função que predomina em textos informativos de maneira geral. A intenção dos textos em que prevalece essa função é evidenciar e esclarecer da melhor forma possível o referente, evitando ambiguidades. 

Privilegia, portanto, a ordem direta. Seu traço mais marcante é a objetividade e o consequente distanciamento do interlocutor, e sua principal marca gramatical é a terceira pessoa. 
Na publicidade a função conativa ou apelativa é muito usada. Centrada predominantemente no receptor, o emissor procura influenciar o seu comportamento. É a linguagem dos discursos, dos sermões, das propagandas que se dirige exclusivamente ao consumidor. Como o emissor se refere ao receptor, é comum o uso dos pronomes você e tu, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos: assine, compre, veja, parcele.

Para tanto, o leitor também precisa saber usar as ferramentas da leitura, a fim de diagnosticar um material publicitário, no entanto, ele necessita ter conhecimento de mundo para tal. 
Questões como conhecimento linguístico que é o domínio do código, da língua, que permite decodificar o texto e fazer associações gramático-estruturais das partes que o formam, a inferência que envolve a leitura das entrelinhas, da intencionalidade e dos sentidos que o tema sugere e que não estão explicitados, sendo o resultado das conclusões a que chegamos ao fazer associações e relações de todas as informações contidas no texto.

Erros gramaticais ou variação linguística?


De acordo com a gramática normativa na língua escrita, há vários sinais que acompanham as letras, sendo, de maneira geral, relacionados à pronúncia das palavras. Um desses sinais é o acento gráfico. Todas as palavras que deveriam receber obrigatoriamente o sinal gráfico não foram sinalizadas. O substantivo feminino boniteza está grafado incorretamente. 



 Pedicura, do francês pédicure, é um profissional que trata dos pés e unhas.



 Auto-serviço, de acordo com a reforma ortográfica passa a ser: autosserviço.



*Fotos: arquivo pessoal.





Um comentário:

Vanessa Barbosa disse...

Amiga legal a iniciativa. O q a gente vê de erros, principalmente nos anúncios publicitários por aí, não é brincadeira.

Vanessa Barbosa